Diz-se por aí que se queremos controlar o nosso pior inimigo, devemos controlar a nossa língua...


O teu pior inimigo

Enquanto o teu mundo gira,
Chegas a encher o teu umbigo
Com o amargo vinho da tua ira.

Precisas encontrar esse inimigo.
Rotulá-lo, talvez isso te agrade,
Mas não vês que ele vive contigo.

Cega, não frequentas a verdade.
Ele está em ti e não na rua!
É ele quem profere falsidade.

Mísera, carregas a culpa que é tua
E continuas encoberta nos enredos.
São eles que te deixam ficar nua!

Tonta, tropeças nos teus medos,
Pontapeias a tua consciência,
Para calar e abrigar esses segredos.

Mais valor adquire a prudência
Quando controlamos a língua,
O pior inimigo da nossa existência.


Karau_Timur, 2004.

1 comentário:

Cristina Campos disse...

He leído el poema en portugués y lo he entendido bastante bien.. mejor que con el traductor.. jaja Es muy bueno. Sigue escribiendo poemas Zé! Un saludo! :D