Amiga no Silêncio

A escrita como amiga e confidente. Ela recebe-nos de braços abertos...










Amiga no Silêncio



Na falta do sonido
Sinto o teu fervilhar
Em querer dar cor,
Forma e essência ao vazio.

Amiga, desprende-te e escorre
No branco do papel.
Reveste esses laivos do nada
Em doces matizes de letras.

Quando o desalento se mostra,
Todo o afecto se esvai,
Mas tua presença é certa
E não se esgota no papel.

Recolhe estas cinzas.
Eleva-as e dá-lhes forma,
Pois muitos são aqueles
Que carecem da tua seiva.

Karau_Timur, 24-08-2005

1 comentário:

Unknown disse...

Muito além...