Relembrando a ida até Timor...
Longe
Cruzei a linha do Equador,
Naveguei até aos antípodas,
Contemplei o cruzeiro do sul.
Parti sem saber o destino,
Parti para me encontrar.
Tão longe!
Na noite observo a mesma lua.
Partilhamos o espaço sideral.
Outros ventos, outros mares,
Mas bafejados pelo mesmo sol.
Contudo, alheio ao teu mundo.
Tão longe!
Quanto mais aumenta o mar,
Mais aumenta a saudade.
O tempo transcorre e eu, longe.
Fora de casa, fora-da-lei
Pelo tempo que nos separa.
Tão longe!
Meu coração ressente a distância.
Meus olhos perdem-se no horizonte,
Enquanto os ventos trazem folhas
Secas, perdidas e gastas no tempo.
Perde-se mais um dia perto de ti.
Tão longe!
Sem ter os teus rubros lábios.
Ausente dos velhos amigos.
Distante do calor do lar.
Afastado do teu pequeno mundo.
Longe da terra, longe de tudo.
Tão longe!
Karau_Timur, 2004.
1 comentário:
Simplestemente lindo. Não sei bem em quem estavas a pensar quando escreveste este poema mas foi concerteza uma boa inspiração. Que os outros mares e ventos não levem a tua inspiração e o teu talento.
Bjo, mana
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